quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Porque avaliar? Para que avaliar? O que avaliar? Como se avalia?

Não sei se choro pela queda... não sei se rio pela confrontalidade e realidade das coisas.

"Os inicios dos anos lectivos são sempre difíceis para o J. pois tem de fazer uma readaptação ao contexto escolar. Na área das interacções pessoais apresenta estabilidade, com excepção da relação com o colega E. Na presença do qual continua a manifestar comportamentos excessivos e de imitação. A receptividade às aprendizagens é irregular pois nem sempre se encontra disponível ou porque está com a atenção dispersa ou porque se encontra apático. Continua a denotar imensa dificuldade no pensamento abstracto principalmente ao nível dos cálculos matemáticos. O processo de aquisição da técnica de leitura/escrita está a ser lento… de referir que esta criança não beneficiou de adiamento da escolaridade obrigatória nem de retenção, notando-se um maior desfasamento ns suas competências ao ano de escolaridade."

Porque avaliar? Para que avaliar? O que avaliar? Como se avalia?

Entendo que a avaliação é fundamental para diagnosticar e descrever a criança de acordo com a idade e a sua evolução dentro das atividades e habilidades na sala de aula.

A peça fundamental neste processo é o professor. E é importante para nós pais, para termos uma noção do seu crescimento social, motor e individual. Esta avaliação vai permitir trabalhar com a criança de forma a aprimorar as habilidade que não estão tão bem dominadas.

Não é fácil avaliar, principalmente crianças com necessidades educacionais especiais. Acho que é nesta altura que os professores colocam à prova as suas capacidades, como ponte para o conhecimento. Mas temos que levar em conta uma questão – crianças com necessidades educacionais especiais têm as suas limitações e apenas devem ser avaliadas dentro das suas possibilidades! Não acompanham o mesmo ritmo da turma e por isso não devem ser comparadas, mas sim ter a sua avaliação diferenciada.

Não podemos esquecer que têm os mesmos direitos e existe um compromisso de as preparar da melhor forma possível para uma vida autónoma e com qualidade. Precisam de ser independentes e também preparados para o mercado de trabalho, mas tem de ser feito com cuidado, para não traçar objetivos muito elevados que podem levar à frustração.

Na nossa ultima consulta de desenvolvimento, saí a refletir todos estes pontos.

Gosto muito da expressão da Drª I.P – de desenvolvimento que diz:


- Tem dificuldades em matemática? Não sabe somar? Não consegue contar a tabuada em conjunto com a classe? – É para isso que existem as máquinas de calcular!

O mais importante é o que consegue aprender e valorizar a aquisição desse conhecimento. Avaliar as situações de aprendizagem que foram oferecidas e como elas foram aproveitadas. A partir daí planear outras atividades que enriqueçam e promover novas conquistas a partir do que foi aprendido.

Todo este trabalho tem de ser em conjunto com todos para que não sejam prejudicados no processo de aprendizagem. E só com este trabalho em conjunto será possível alcançar o sucesso na aprendizagem.

CONCLUSÃO:
Valorizar as conquistas!


domingo, 6 de novembro de 2011

Estrabismo - óculos novos


Já falei sobre este assunto, mas nunca é demais!

Estrabismo é um defeito no alinhamento dos olhos, ou seja, eles apontam para diferentes direções. No caso do João, para dentro – convergente.

‘Quando a visão binocular é normal (os dois olhos funcionam juntamente) ambos os olhos focalizam o mesmo alvo. A parte visual do

cérebro funde as duas imagens numa imagem tridimensional única. Quando um olho desvia, como ocorre no estrabismo, duas imagens diferentes são enviadas ao cérebro. Em crianças, o cérebro aprende a ignorar a imagem do olho mal alinhado e vê somente a imagem de um olho. Isto causa perda da percepção da profundidade e da visão binocular.

Adultos que desenvolvem estrabismo frequentemente têm visão dupla, pois o cérebro já está treinado a receber imagens de ambos os olhos e não consegue ignorar a imagem do olho desviado.


Os óculos ajudam a reduzir o esforço da focalização e podem endireitar os olhos. Ás vezes, óculos bifocais são necessários para o trabalho de perto. Colírios ou lentes especiais, chamadas prismas, também podem ser usados para endireitar os olhos.


Com o João a crescer, foi necessário adaptar os óculos! A nova aquisição!

Inicialmente azuis escolhidos pela mãe e depois a ‘guerra’ com o João que tinham de ser os pretos, iguais a um amigo da escola.

Surgem os vermelhos...! Lindos no seu rosto, divertidos e de acordo com a sua personalidade; mas o João não queria. Até porque o João é do Sporting. Mas nada como uma boa estratégia:

- João, com os vermelhos, consegues conquistar qualquer menina! Consegues as namoradas todas que quiseres.

- De repente oiço o Joãozinho:

- Sra. quero levar os vermelhos!